A primeira lembrança de fábrica que tenho é no colo de meu pai, ele me explicando para que serviam as esteiras vibratórias que corriam por todo o teto da usina de açúcar da Fazenda Amália, do então poderosíssimo grupo Matarazzo. Eu tinha pouco mais de dois anos.
Fica fácil entender porque fui fazer engenharia. Fiz engenharia mecânica e não via a relação entre esta engenharia e aquela do meu pai. Fui fazer engenharia química e ainda não encontrava a relação. Quando entendi a mecânica quântica, comecei a entender a engenharia de meu pai. Comecei a entender muitas outras coisas, também.
Entendi, por exemplo, que a engenharia tradicional era cartesiana, linear, especializada, enquanto a engenharia de meu pai contextualizava, integrava, generalizava. Meu pai trabalhou na Zanini e com um ano e meio de fábrica era o papa da mecânica pesada. Daí, roubado da Zanini pelo Matarazzo, foi fazer rayon. Aos 32 anos era diretor da fábrica que empregava 8.000 funcionários. Discutiu com o conde Matarazzo, porque não abria mão de suas convicções e -de castigo- foi trabalhar na usina de açúcar da Fazenda Amália. Em quatro meses, triplicou a produção. Cansou-se do Matarazzo e foi trabalhar na Cimento Santa Rita, onde se tornou o papa do cimento. Meu pai era engenheiro mecânico e metalurgista, mas fazia rayon, açúcar, cimento. Além disso, prestava consultoria em fábricas de vidro, de café solúvel, sabão, papel e tantas outras. Sem dúvida, ele era genial, mas mais que isso, ele pensava holisticamente. Meu pai foi o primeiro engenheiro holista que conheci.
Com a mecânica quântica comecei a perceber que tudo existe graças às inter-relações e é a estabilidade dos padrões destas que cria o mundo. Ou seja, nós somos resultado da estabilidade das inter-relações dos padrões que nos formam. Somos fígado, rins, pulmões, cérebro. Enfim, uma série de órgãos que por sua vez- são moléculas, átomos, partículas que se inter-relacionam de modo a formar um organismo. Nós somos trilhões de organismos que se inter-relacionam regularmente. Mas como diria Heisenberg, somos muito mais que a soma de nossas partes. E era isso que eu queria viver, na minha engenharia.
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